Não se preocupem muito se este não “for o ano”. Se o que
pretendem parece estar a desabar. Não se preocupem, tudo se recompõe. E eu já
vi muita coisa e já senti outras tantas. Sei o que é ficar sem rumo, como se
nos tivessem tirado o chão. Já vi muita gente, muitas oportunidades perdidas
pela ambição de vencer a qualquer custo. E o que aprendi? Aprendi a não ser
esse tipo de exemplo. Aprendi a ir mais longe. E, a certo ponto, vais
aperceber-te de que, o que realmente importa, és tu, é o que sentes, é o que
queres sentir e fazer. E custou, claro que custou. Custou ver todos os que me
rodeavam a seguir novos caminhos, e eu, na tentativa de passar despercebida, a
ter de ingressar no mundo do trabalho, a aprender a esperar pelo que desejava.
Porque eu queria aquilo, e não queria mais nada. A minha determinação falou
mais alto e decidi esperar. E, agora, sei que não poderia ter tomado melhor
decisão. Cresci, aprendi, chorei muito, também, mas fui feliz. Fui feliz
porque, a cada dia que passava, me apercebi daquilo que eu realmente queria. E
agora estou aqui, longe de casa, é certo, mas a lutar pelo que mais quero. No
curso que sempre quis. A dar o litro para ser o melhor que posso ser, não para
os outros, mas para mim. Estou orgulhosa do que estou a conquistar. E sei que,
mais tarde ou mais cedo, tu também estarás. Para, pensa, reflete. Não existe
mal algum em dar tempo ao tempo, em dar tempo a quem somos. Aliás, só nos faz
bem, só faz a vontade crescer. Talvez, daqui a um ano, estejas tu a escrever um
texto bonito, com mil e uma coisas para fazer, mas com vontade de dizer aos
outros, que estão a passar pelo mesmo que tu: “Não desistas, no final, vai
ficar tudo bem! Luta e, amanhã, vencerás!”.
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